EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA PRECÁRIA:

ensino de línguas na Escola Pública e privação de Direito Linguístico

Autores

  • Alex Recife IFBAIANO/UFBA
  • Igara Silva Oliveira

Palavras-chave:

educação linguística precária; direito linguístico; educação pública.

Resumo

A Educação Linguística pode ser entendida como as experiências sócio-interacionais vivenciadas pelos sujeitos e que os auxiliam no seu processo de desenvolvimento, aquisição e ampliação de seu conhecimento linguístico (Bagno; Rangel, 2005). Entretanto, compreendemos que determinadas políticas linguísticas, dentro e fora de instituições formais de educação, podem contribuir para uma Educação Linguística precária, aqui considerada: 1) como ausência de política linguísticas que promovam o acesso e a interação linguísticas, sejam elas línguas estrangeiras, línguas indígenas, a LIBRAS, línguas quilombolas, língua de acolhimento, de herança etc; 2) como práticas de Educação Linguística que comprometam ou inviabilizem a autonomia linguística, a criticidade e as tantas formas de leitura de mundo que são possíveis pelo estudo das ou pela vivência com as línguas. O objetivo desse artigo é discutir como a Educação Linguística Precária pode ser compreendida em termos de privação de Direito Linguístico (Abreu, 2020; 2022) e que uma Educação Linguística crítica (Freitas; Pessoa; Silva, 2021), intercultural (Mendes, 2022) e decolonial (Mota-Pereira, 2022) implica a reivindicação desse direito em forma de agência política, em prol da democratização do acesso a línguas e de formas de Educação Linguística que respeite e tenha apreço pela realidade complexa, dinâmica, multifacetada e multilíngue que atravessa a vida social.  

Referências

ABREU, Ricardo Nascimento. Direito Linguístico: um olhar sobre suas fontes. Revista A Cor das Letras, Revista Digital dos Programas de Pós-graduação em Letras do Departamento de Letras e Artes da UEFS Feira de Santana, v. 21, n. 1, p. 155-171, jan-abr 2020.

BAGNO, Marcos; RANGEL, Egon de Oliveira. Tarefas da Educação Linguística no Brasil. Revista Brasileira de Lingüística Aplicada, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 63-81, 2005.

BARCELOS. Ana Maria. Lugares (Im)possíveis de se aprender inglês no Brasil: crenças sobre aprendizagem de inglês em uma narrativa. In: LIMA, Diógenes Cândido. Inglês em Escola Pública não funciona? Uma questão de múltiplos olhares. São Paulo: Parábola, 2011.

BENTO, Berenice. Prefácio. In: BUTLER, Judith. A reivindicação de Antígona. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2022.

BONFIM, Marcos; MARQUES DA SILVA, Francisco ; SILVA, Maria . Por uma epistemologia decolonial em perspectiva afrodiaspórica e contra-colonial na Linguística Aplicada Brasileira. Línguas & Letras. Cascavel, [S. l.], v. 22, n. 52, 2021.

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Publicado

28-02-2025

Como Citar

RECIFE, Alex; SILVA OLIVEIRA, Igara. EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA PRECÁRIA:: ensino de línguas na Escola Pública e privação de Direito Linguístico. Revista Letras Escreve, [S. l.], v. 14, n. 3, p. 241–257, 2025. Disponível em: https://periodicos.unifap.br/letrasescreve/article/view/346. Acesso em: 1 abr. 2025.

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