A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ESPANHOL E A LINGUÍSTICA APLICADA:
diálogos extensionistas em rotas decoloniais
Palavras-chave:
formação de professores(as) de espanhol; decolonialidade; Cultura Mapuche.Resumo
A diversidade cultural e linguística que compõem a América Latina, com mais de 58 milhões de pessoas indígenas e 133 milhões de pessoas negras que vivem nesse território, ainda não ocupa um espaço justo e igualitário na formação intercultural de professores de espanhol. Embora nas últimas décadas as pesquisas críticas em Linguística Aplicada contemporânea e indisciplinar no Brasil convoquem para uma agenda que suleie as nossas epistemes (Moita Lopes, 2006; Kleiman, 2013; Matos, 2020; Mulico e Costa, 2021), a educação linguística que visibiliza as vozes do Sul ainda é desafiada pelas estruturas coloniais que sustentam e organizam os sistemas educativos. No sentido de contribuir com tais discussões, esse artigo objetiva dialogar com práxis que têm caminhado em rotas decoloniais e compartilhar uma praxiologia em direção decolonial na formação de professores de língua espanhola, a partir de uma prática extensionista em diálogo com o povo indígena Mapuche da Argentina. Para tanto, retomo um curso de extensão oferecido pelo Departamento de Letras da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e enfoco aqui algumas rotas decoloniais que trilhamos com os professores e as professoras através do diálogo com outras vozes, a partir um material didático com potencial de tensionar a colonialidade nas aulas de espanhol.
Referências
ARGENTINA. Ministerio de Educación de la Nación. Con nuestra voz estamos: Escritos plurilingües de docentes, alumnos, miembros de pueblos originarios y hablantes de lenguas indígenas . - 1a ed. edición multilingüe. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires : Ministerio de Educación de la Nación. Plan Nacional de Lectura, 2015. Disponível em: https://www.educ.ar/recursos/152735/con-nuestra-voz . Acesso em: 10 nov. 2023.
ARGENTINA. Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas 2022. Resultados definitivos Población Indígena o descendiente de pueblos indígenas u originários. Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC). Buenos Aires, marzo de 2024. Disponível em: https://censo.gob.ar/wp-content/uploads/2024/03/censo2022_poblacion_indigena.pdf Acesso em: 10 set. 2024.
BALLESTRIN, Luciana. América latina e o giro decolonial . Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 11, p. 89-117, maio / ago . 2013. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/2069. Acesso em: 02 fev. 2023.
BEATO-CANATO, Ana Paula M.; VERONELLI, Gabriela. Sulear: um convite para revermos quem somos e nossas formas de ser com o mundo. In: BRAHIM, Adriana Cristina Samburgaro de Mattos et all. (Orgs.) Decolonialidade e Linguística Aplicada. Campinas: Pontes Editores, p. 183 – 205, 2023.
BERNADINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018.

Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Letras Escreve

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.