DAS CARTAS DE IG. A OS FILHOS DE TUPAN, GÊNESE DE IRACEMA: RESÍDUOS E MENTALIDADES EM J. D’ALENCAR

Autores

Palavras-chave:

Crítico Ig. Alencar poeta. Iracema. Teoria da Residualidade.

Resumo

Em 1855, Gonçalves de Magalhães apresenta o poema Confederação dos Tamoyos. Pouco tempo depois, surgem cartas publicadas em periódicos com críticas a esse poema, assinadas por Ig. Essas cartas levam a uma polêmica literária. Atingido seu objetivo e com a notoriedade alcançada, em 1856, esse crítico lança as cartas em um livro intitulado Cartas sobre a Confederação dos Tamoyos, e se apresenta como J. d’Alencar. Havendo criticado o poema de Magalhães, Alencar decide publicar, no
periódico A Reforma, seu poema Os Filhos de Tupan, que viria a ser a gênese de Iracema. O presente artigo tem o propósito de refletir sobre as mentalidades desse período, que vai de 1855, ano em que Magalhães apresentou seu poema, a 1872, ano em que Alencar publicou a segunda edição de Iracema. Como fundamentação teórica, utilizaremos os princípios da Teoria da Residualidade Literária e Cultural, sistematizada e desenvolvida por Roberto Pontes, visto que essa teoria nos permite demonstrar tanto a presença de traços residuais remanescentes entre várias culturas quanto as mentalidades num tempo
de longa duração. A abordagem metodológica começa com comentários sobre o poema Confederação dos Tamoyos, de Magalhães, e sobre as cartas de Ig./ J. d’Alencar. Traz, em seguida, trechos do poema Os Filhos de Tupan e comentários sobre o romance Iracema. Posteriormente, reflete sobre as mentalidades existentes tanto no período assinalado quanto nos mitos indígenas que aparecem n'Os Filhos de Tupan. Finaliza apresentando o termo “piguara” usado por Alencar, e que representa sua luta pela construção de um projeto nacionalista para a literatura brasileira.

Biografia do Autor

Rubenita Alves Moreira dos Santos, Instituto UFC Virtual / Universidade Aberta do Brasil

Professora conteudista e tutora de Ensino a Distância (EaD) dos cursos semipresenciais de Letras / Espanhol do Instituto UFC Virtual / Universidade Aberta do Brasil (UAB), atuando principalmente nas disciplinas de Literatura Espanhola e Hispanoamericana. Mestra em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Formação de Tradutores pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia do Ceará (FAFICE), atual Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Referências

ALENCAR, José de. Cartas sobre a Confederação dos Tamoyos. Rio de Janeiro: Empreza Typographica Nacional do Diário, 1856.

________Carta ao Dr. Jaguaribe. In: ________Iracema (Posfácio). Rio de Janeiro: TYP. DE VIANNA & FILHOS, 1865.

ALENCAR, José de. Pós-escrito. In: ALENCAR, José d. Iracema. org.: PARRON, Tamis. São Paulo: Hedra, 2006.

________ Os Filhos de Tupan (fragmento). In: A Reforma. Rio de Janeiro: 20 de junho de 1872. Disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/226440/3678. Acesso em 08/08/2023.

________ Os Filhos de Tupan (Canto I). In: Suplemento Literário de A Manhã, 11 de janeiro de 1942. Disponível em http://memoria.bn.br/docreader/066559/486? Acesso em 08/08/2023.

AZEVEDO, Sânzio de. Releitura de Iracema. In: ACL. Alencar 100 anos depois. Fortaleza: Academia Cearense de Letras, 1977, p.261-289

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Publicado

09-11-2024

Como Citar

MOREIRA DOS SANTOS, Rubenita Alves. DAS CARTAS DE IG. A OS FILHOS DE TUPAN, GÊNESE DE IRACEMA: RESÍDUOS E MENTALIDADES EM J. D’ALENCAR. Letras Escreve, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 173–191, 2024. Disponível em: https://periodicos.unifap.br/letrasescreve/article/view/204. Acesso em: 4 dez. 2024.

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