OS ROMANCES DE DONA MILITANA
MEDIEVAIS IBÉRICOS NA CULTURA (DITA) POPULAR BRASILEIRA
Palabras clave:
Dona Militana Residualidade Cultura (dita Popular); Hibridação Cultural.Resumen
Nascida em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, em 1925, Dona Militana guardava dentro de si registros de romances, xácaras e mais um sem-fim de histórias cujas origens remontam há mais de 700 anos. O trabalho aqui apresentado tem por finalidade pôr em pauta uma das versões do Romance de Dona Branca registrada por Dona Militana em seu álbum triplo Cantares, datado de 2002. Trataremos, pois, da faixa 06 do CD 01. A história cantada no documento em tela difere, em absoluto, de uma segunda versão, também cantada pela romanceira, na faixa 10 do CD 03 do referido álbum, mas guarda relação de parentesco próximo com outro romance, o de Clara Arlinda, fixado na faixa 01 do CD 01. É sobre isto que trataremos. Queremos compreender os limites relacionais entre História, Memória e Esquecimento e adicionar a esta tríade, já consagrada nos estudos do campo da Teoria da História, um quarto elemento: o Resíduo. Cremos que, por meio de uma reflexão quadripartida entre os conceitos acima expostos, poderemos traçar uma leitura de longa duração capaz de compreender o processo residualista de hibridação cultural, sedimentação e resistência do imaginário tardomedieval ibérico na cultura (dita) popular nordestina.
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