O PASSADO PRESENTE: ESQUECIMENTO, LATÊNCIA, HIBRIDAÇÃO

ESQUECIMENTO, LATÊNCIA, HIBRIDAÇÃO

Autores

  • Roger Chartier École des hautes études en sciences sociales / Universidade da Pensilvânia

Palavras-chave:

Reflexividade. Latência. Hibridação. Residualidade

Resumo

Os vestígios, os rastros, as lembranças são as condições de possibilidade da presença ativa do resíduo. Entendemos ser necessário, então, refletir a partir dos fenômenos que parecem impedir a “memória coletiva”: a aceleração do tempo que afasta ou apaga o passado, a radical aculturação que desmantela as heranças, a necessidade imperativa do esquecimento como condição das lembranças. Paradoxalmente, o apagamento se torna um recurso para a residualidade. A presença do que não existe mais está localizada no esquecimento mesmo. Semelhante presença pode se entender de várias maneiras. A presença dos passados no presente é sempre ameaçada pelo esquecimento, pelo apagamento, pela aculturação. Se perfila, assim, o espectro de um passado sem lembranças, sem vestígios, sem heranças. Mas a realidade histórica não foi e não é assim. Os três conceitos de reflexividade, latência e hibridação nos permitem entender a sincronia das diferentes temporalidades, a preservação e possível ativação dos significados latentes e as mestiçagens das tradições, crenças e práticas.

Biografia do Autor

Roger Chartier, École des hautes études en sciences sociales / Universidade da Pensilvânia

Professor da École des hautes études en sciences sociales / Universidade da Pensilvânia. Doutorado pela Ecole Normale Supérieure de Saint-Cloud (1969).

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Publicado

09-11-2024

Como Citar

CHARTIER, Roger. O PASSADO PRESENTE: ESQUECIMENTO, LATÊNCIA, HIBRIDAÇÃO: ESQUECIMENTO, LATÊNCIA, HIBRIDAÇÃO. Letras Escreve, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 20–34, 2024. Disponível em: https://periodicos.unifap.br/letrasescreve/article/view/58. Acesso em: 4 dez. 2024.

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