Imagem, memória e dissidência na poética de Benedito Ferreira

Resumo

Nesta entrevista, o artista visual e pesquisador Benedito Ferreira, que valoriza em seus trabalhos a experiência prática e a imersão criativa, enfatiza a importância dos arquivos em suas pesquisas. Ele investiga a memória coletiva e a montagem como ato curatorial capaz de desestabilizar narrativas estabelecidas, desenvolvendo a criação de novas historiografias. Ao utilizar imagens capturadas ou colecionadas em contextos cotidianos e festivos, particularmente no Centro-Oeste brasileiro e na comunidade LGBTQIAPN+, evidencia-se a força política e poética da memória. Em seus filmes, o pesquisador aborda sexualidades dissidentes e suas subjetividades, produzindo trabalhos que exploram as territorialidades e afetividades. Produzindo obras ricas em lirismo e transgressão, Benedito Ferreira trata a memória como um poder de transformação e expressão.