A A CURA POPULAR

SABERES TRADICIONAIS COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA EM DEFESA DA SUSTENTABILIDADE NO QUILOMBO MENINO JESUS DE PITIMANDEUA, EM INHANGAPI (PA)

Autores

Palavras-chave:

Quilombo, Plantas Medicinais, Sustentabilidade, Educação, Ensino de Ciências

Resumo

O objetivo geral desta pesquisa foi identificar e valorizar saberes ancestrais da Comunidade Quilombola Menino Jesus de Pitimandeua, localizada no município de Inhangapi-PA, utilizando as plantas medicinais usadas no Quilombo, pontuando hábitos sustentáveis e integrando-os como práticas pedagógicas no ensino de Ciências. A metodologia aplicada foi a pesquisa bibliográfica e a pesquisa-ação. Observou-se que existe a garantia legal para o ensino da cultura afro-brasileira dentro das escolas, entretanto, o ensino ainda segue como um sistema engessado, no qual não se valoriza os saberes da comunidade, pois que persiste um viés colonizador que se manifesta através de disciplinas curriculares que valorizam tão somente o ensino tradicional e sem o cumprimento de determinação legal que inclui nas escolas o ensino da cultura afro-brasileira e, consequentemente, o estranhamento da comunidade quilombola estudada sobre a importância e utilidade de estudo de temas que nada referem sobre sua realidade, costumes e cultura. Concluiu-se ser necessária uma reflexão acerca de novos métodos de ensino, que consigam atender às demandas da comunidade, em que os saberes empíricos sejam valorizados e que se apresentem como ponto de partida para a construção de um conhecimento que alinhe teoria a e prática, pois só assim se pode chegar a uma perspectiva ainda mais humanizada e universalizada da educação a partir da identificação e valorização dos saberes ancestrais de povos como a Comunidade Quilombola Menino Jesus de Pitimandeua, que muito ensinam sobre hábitos sustentáveis, isto é, sobre práticas que são relacionadas à sustentabilidade, que claramente podem ser integrados como prática pedagógica no ensino de Ciências. 

Biografia do Autor

Amanda de Jesus Araujo Trindade Parente, Universidade do Estado do Pará

Bacharel em Moda pela Universidade da Amazônia (UNAMA) e Licenciada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Membro do Núcleo de Educação Popular Paulo Freire (NEP/UEPA). Coordenadora pedagógica no Cursinho  Popular  Esperançar.  Integrante  da Rede  de  Pesquisa  sobre  Pedagogias  Decoloniais  na  Amazônia.

Alana Sousa da Silva, Universidade do Estado do Pará

Licenciada em Pedagogia na Universidade do Estado do Pará (UEPA). 

João Colares da Mota Neto, Universidade do Estado do Pará

Professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação e à Licenciatura em Pedagogia. Pós-doutoramento na Universidad de Sevilla e na Universidad de Málaga, Espanha. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com Doutorado Sanduíche na Universidad Pedagógica Nacional de Colombia

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Publicado

2025-02-10

Edição

Seção

Ensino de Ciências