DIÁLOGOS EM FRONTEIRAS INTERCULTURAIS: POVOS DA AMAZÔNIA NO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS – UNICAMP
Resumo
Este artigo explora a dimensão fronteiriça do projeto “Ciência, Tecnologia, Sociedade e Inovação – Povos da Amazônia no Instituto de Geociências: intercâmbio de experiências e conhecimentos interculturais”, realizado entre janeiro e fevereiro de 2020. As atividades foram desenvolvidas no Programa “Ciência e Arte – Povos da Amazônia” (CAPA), que teve o objetivo de possibilitar o contato entre estudantes indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas da Universidade Federal do Pará (UFPA) com a vida acadêmica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O Instituto de Geociências da Unicamp recebeu cinco estudantes paraenses – sendo três quilombolas, um ribeirinho da Ilha de Marajó e um agricultor familiar – provenientes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Letras, Assistência Social e Educação do Campo, que participaram de oficinas, visitas, trabalhos de campo, reuniões de orientação e momentos lúdicos. Nesse processo, tanto intercambistas quanto anfitriões(ãs) experimentaram o confronto entre realidades, reações de estranhamento ou aproximação, trânsitos e continuidades que caracterizam a metáfora de fronteira. A partir de uma abordagem qualitativa, essa experiência é analisada a partir da ruptura de visões cristalizadas sobre a alteridade, evidenciando a riqueza do encontro intercultural para a construção coletiva do conhecimento.Este artigo explora a dimensão fronteiriça do projeto “Ciência, Tecnologia, Sociedade e Inovação – Povos da Amazônia no Instituto de Geociências: intercâmbio de experiências e conhecimentos interculturais”, realizado entre janeiro e fevereiro de 2020. As atividades foram desenvolvidas no Programa “Ciência e Arte – Povos da Amazônia” (CAPA), que teve o objetivo de possibilitar o contato entre estudantes indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas da Universidade Federal do Pará (UFPA) com a vida acadêmica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O Instituto de Geociências da Unicamp recebeu cinco estudantes paraenses – sendo três quilombolas, um ribeirinho da Ilha de Marajó e um agricultor familiar – provenientes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Letras, Assistência Social e Educação do Campo, que participaram de oficinas, visitas, trabalhos de campo, reuniões de orientação e momentos lúdicos. Nesse processo, tanto intercambistas quanto anfitriões(ãs) experimentaram o confronto entre realidades, reações de estranhamento ou aproximação, trânsitos e continuidades que caracterizam a metáfora de fronteira. A partir de uma abordagem qualitativa, essa experiência é analisada a partir da ruptura de visões cristalizadas sobre a alteridade, evidenciando a riqueza do encontro intercultural para a construção coletiva do conhecimento.