O trabalhador negro em vitrine (estudos de casos no shoppings)

Macapá e Araras (center)

Autores

  • Brigith Montabord Universidade Federal do Amapá
  • Gibson Mesquita Universidade Federal do Amapá
  • Simone Silva Universidade Federal do Amapá

Palavras-chave:

Negro, Shopping, Trabalho

Resumo

Enfrentar as injustiças sociais, preconceito e discriminação nesta sociedade capitalista, é desafiador, em face da diversidade de aspectos que buscam a concorrência, acentuando as desigualdades sociais, principalmente no mercado de trabalho as diferenças estão em todos os níveis. Em relação à mão-de-obra negra, observa-se que nas grandes lojas ou em funções de destaque, raramente se percebe a presença deste trabalhador, ou até mesmo os produtos comercializados no mercado ou veiculados pela mídia, de certa forma não atendem em especial este grupo social. A ausência de uma reflexão sobre as relações raciais no mercado de trabalho que envolve as pessoas negras, impede a promoção de relações interpessoais respeitáveis e igualitárias entre os agentes sociais que integram o cotidiano das vitrines dos shoppings. Nesse sentido este trabalho visa compreender os motivos da ausência do trabalhador negro no desempenho de funções de destaque nas lojas dos shoppings amapaense. A metodologia será a pesquisa etnográfica que norteará este projeto, envolvendo a observação de todos os setores dos Shoppings – Macapá e Araras Center – considerando as diversas funções desempenhadas nesses locais. Os instrumentos de observação (visitas, registros de dados, aplicação de questionários, entrevistas), nos permitirão analisar as especificidades do ambiente pesquisado, detectando os problemas que configuram a situação do trabalhador negro e a postura dos envolvidos nessa relação, quanto ao processo de inserção desta mão-deobra, visto que na prática esta presença é quase imperceptível, pois sempre desempenham funções de nível inferior. Surge a necessidade do envolvimento efetivo da sociedade comprometida com a conservação da dignidade da raça negra sendo extremamente marginalizada socialmente, reforçando assim, o preconceito, inclusive no acesso ao mercado de trabalho. Devemos propiciar discussões para que sejam percebidas algumas situações que a maioria da população finge não existir, através de um raciocínio despido de preconceitos e racismo, sem opressão das pessoas negras, e a cor da pele deixando de ser uma barreira para ascensão social e profissional. Mesmo em face do grande problema da sociedade brasileira em admitir a questão racial como uma dificuldade que precisa ser enfrentada e superada. Não se pode desconsiderar a trajetória dos negros que mesmo com todas as dificuldades superaram as adversidades e conseguiram enfrentar a discriminação e o preconceito adentrando no mercado de trabalho.

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Publicado

2025-06-04

Edição

Seção

Resumos