Inclusão escolar de crianças com Síndrome de Down

uma análise a luz da teoria sócio-histórica

Authors

  • Marinalva Silva Oliveira Universidade Federal do Amapá
  • Maria do Carmo Lobato da Silva Universidade Federal do Amapá

Keywords:

Síndrome de Down, Educação inclusiva, Teoria sócio-histórica

Abstract

O objetivo deste trabalho é discutir a educação inclusiva a partir do paradigma da teoria sócio-histórica e esboçar os projetos de
pesquisa desenvolvidos pelo NEC sobre como as crianças com síndrome de Down estão tendo acesso ao conhecimento na escola. Na perspectiva sócio-histórica, as leis do desenvolvimento humano são as mesmas para todas as pessoas mostrando que todos somos diferentes. Vigotski afirma que as interações sociais promovem o desenvolvimento psicológico individual, inclusive nas dimensões cognitivas superiores, e que quanto mais ampla a diversidade destas, maior a riqueza no processo de construção do conhecimento. Desta forma, Vigotski defende uma escola inclusiva para que estas crianças tenham a oportunidade de interagir com as comuns. Sob esta ótica, a inclusão de crianças com síndrome de Down no contexto escolar possibilita-lhes diferentes competências devido à variedade de interações sociais. Entretanto, no atual modelo escolar isto não ocorre e as crianças com síndrome de Down se matriculam, mas não conseguem sucesso escolar por ausência de acessibilidade pedagógica. A educação inclusiva vislumbra a possibilidade de construir uma escola humanizadora e democrática que concebe a todos a construção da autonomia intelectual, social e afetiva a partir de mediações e intervenções pedagógicas. Para isto é necessário romper paradigmas, inclusive de visão de homem, e adotar como modelo a concepção de desenvolvimento humano proposta por Vigotski. E mais, romper com o modelo elitista de nossas escolas, de modo a reconhecer a igualdade de aprender como ponto de partida e as diferenças no aprendizado como processo e ponto de chegada.

Author Biographies

Marinalva Silva Oliveira, Universidade Federal do Amapá

Doutora em Psicologia pela USP; Professora e pesquisadora do Mestrado em Desenvolvimento Regional e do Curso de Pedagogia da UNIFAP; Coordenadora do Núcleo de Educação e Cultura e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão.

Maria do Carmo Lobato da Silva, Universidade Federal do Amapá

Mestranda em Desenvolvimento Regional; Pedagoga da Rede Municipal de Santana.

Published

2025-06-17