Repensar a democracia

Autores

  • Mauricio Mogilka Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

educação libertadora, movimentos sociais, socialismo democrático, Democracia Participativa.

Resumo

Com o fim da guerra fria e a derrocada dos regimes socialistas burocratizados, a partir do fim da década de oitenta, a democracia liberal e representativa típica das sociedades capitalistas se mostrou aparentemente como a única alternativa possível de
organização política. Isto desorientou grande quantidade de pensadores sociais e movimentos de organização coletiva, produzindo um vácuo de utopias e um realismo bastante conservador. Se o socialismo burocratizado no modelo soviético não é mais a utopia e a democracia representativa tem se mostrado um modelo confirmador das desigualdades sociais, este artigo se pergunta se há condições de algum modelo de democracia ainda desempenhar um papel norteador de mudanças estruturais a partir das sociedades capitalistas. Se pergunta, também, se esta utopia seria a democracia participativa, e como seria este regime. Questiona, por último, o papel da educação e da subjetividade na construção desta sociedade. Este artigo pretende
realizar uma discussão sobre o tema a partir de reflexões próprias e também inspirado nas teorias latino-americanas da libertação. Desta forma, este texto pretende contribuir no esforço coletivo para a superação do impasse em que a reflexão e as práticas de luta social se encontram no momento. Trata-se, portanto, de um estudo político, nascido da militância social do autor, de leituras teóricas e do desejo de construir uma referência aberta, que possa apoiar as lutas sociais por um mundo melhor.

Biografia do Autor

Mauricio Mogilka, Universidade Federal da Bahia

Professor Adjunto de Didática da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Doutor em Educação pela FE/UFBA. Atua na extensão universitária, com assessoria e formação em projetos, organizações e movimentos sociais.

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Publicado

2025-06-19

Edição

Seção

Artigos