Teatro do Oprimido

A arte como expressão universal

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Palavras-chave:

Teatro do Oprimido, Teatro, Ator, Artes Cênicas, Amazônia, Curinga

Resumo

A entrevista com Luiz Augusto da Rocha Vaz, realizada durante o III Festival de Teatro Maiuhi, na Aldeia Manga (Oiapoque), revela um percurso artístico marcado pelo compromisso com a transformação social por meio da arte. Discípulo de Augusto Boal, Luiz Vaz foi um dos fundadores do Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro, atuando com Boal entre 1986 e 1993. Desde 2023, realiza oficinas com o grupo indígena Teatro Maiuhi, promovendo uma experiência intercultural pioneira no Amapá. Sua formação em cenografia na Escola de Belas Artes da UFRJ o levou ao encontro entre arte, política e território. Nos anos 1980, participou da experiência dos CIEPs, criados por Darcy Ribeiro, onde atuou como animador cultural — figura central na dinamização da cultura popular dentro da escola pública. Sua aproximação com o Teatro do Oprimido ocorreu nos CIEPs, quando Boal retornou do exílio e propôs a criação da Fábrica de Teatro Popular. Desde então, Luiz tem se dedicado à expansão dessa metodologia, sempre atento ao respeito à diversidade cultural de cada grupo. Na entrevista, defende que o Teatro do Oprimido é um processo vivo, que deve se adaptar às realidades locais, sem impor formatos prontos. Destaca a importância da Estética do Oprimido e da articulação entre linguagens artísticas e saberes comunitários. Para ele, o teatro é uma prática coletiva, política e afetiva, que transforma tanto o indivíduo quanto a sociedade. Ao final, deixa uma mensagem sobre partilha, empatia e luta contínua contra todas as formas de opressão: o Teatro do Oprimido pertence a quem o faz, em comunhão, no mutirão da liberdade e da alegria.

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Publicado

2025-06-25