ERNESTO CRUZ E A ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (SPHAN) NO PARÁ NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
O PROCESSO DE TOMBAMENTO DO CEMITÉRIO NOSSA SENHORA DA SOLEDADE
Palavras-chave:
Ernesto Cruz, política de preservação patrimonial no Pará, SPHAN, história do patrimônio cultural na Amazônia, cemitério Nossa Senhora da SoledadeResumo
Este artigo analisa as contribuições do historiador paraense Ernesto Horácio Cruz, representante do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) no Pará, para a preservação patrimonial paraense, enfocando no caso do tombamento do Cemitério Nossa Senhora da Soledade, em Belém. Ernesto Cruz, dentre as várias associações culturais paraenses as quais pertenceu, encontra-se sempre atrelado à direção da antiga Biblioteca e Arquivo Público do Estado do Pará (BAP) e ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), permanecendo sua face preservacionista, pouco evidenciada ao longo de sua trajetória de vida, exposta nos livros, em notas de jornais e homenagens. Porém, nos processos de tombamento de bens patrimoniais, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Pará (IPHAN/PA), ao longo dos anos 1940 a 1960, sua figura encontra-se presente, fato que motivou a incursão da história da preservação patrimonial paraense a partir da figura de Ernesto Cruz. Este trabalho tem como finalidade compreender as práticas e o conjunto de ações operados por esse sujeito nas ações de patrimonialização das décadas iniciais de atuação do IPHAN no Brasil, logo, propõe um estudo histórico da política de preservação patrimonial paraense. A investigação encontra-se embasada em fontes do século XX, como a produção intelectual do historiador, o que inclui livros e artigos em jornais, além da documentação presente no processo de tombamento do Cemitério Nossa Senhora da Soledade.