O LOCUS DO MARANHÃO NA CARTOGRAFIA DOS SÉC XVI- XVII
Palavras-chave:
Cartografias, Amazônia maranhense, mapasResumo
Resumo :
O artigo busca trazer uma nova abordagem na análise da cartografia do século XVI-XVII do Estado do Maranhão em duas fontes: na coletânea “A cartografia impressa do Brasil -os 100 mapas mais influentes” de Max Justo Guedes e em alguns mapas que compõem a coleção do dossiê intitulado : “Povos originários”, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro . Nestas duas fontes o Maranhão está presente nos mapas do Brasil do século XVI pela representação simbólica do Rio Maragnon e pela representação de pontos de destaque no litoral ,uma tríade simbólica , representada por desenhos diversos demonstrando a força de seu lócus no período pré-colonial e colonial . Os pontos representados são as aldeias de Tapuitapera , o rio Itapecuru e a ilha grande de São Luís e cidade de Nazaré ,lugares onde havia grandes aldeamentos indígenas tupinambás, aldeias de brancos , vilas coloniais e projetos de vilas que foram marco das disputas do território por franceses , portugueses e holandeses , onde o efêmero projeto da França equinocial foi implantado em 1612 , disputado e vencido em batalhas pela colonização portuguesa . A pesquisa busca suporte teórico no entendimento do mapa como instrumento de poder e dominação e busca organizar a cartografia do Estado com um novo olhar decolonial da conquista do território . A cartografia foi complementada pelos relatos dos padres capuchinhos franceses Claude Abbeville e Yves d’Evreux que documentaram a presença indígena e hábitos e costumes do Maranhão no século XVII.