Genealogia, História e Psicologia
Michel Foucault e o trabalho com arquivos
Palavras-chave:
Genealogia; História; Psicologia; Arquivos; Michel Foucault.Resumo
Este artigo visa contribuir com pesquisas e trabalhos com a pesquisa documental, histórica e baseada em arquivos que são práticas, fazeres e modos de governo das condutas. Trata-se de trazer e apresentar uma analítica que possibilita a efetuação de uma perspectiva de realizar a História a favor do tempo e contra o tempo. Neste aspecto, os usos dos arquivos, especialmente, na confluência dos saberes em Psicologia com a História e a Filosofia podem abrir campos férteis de estudos ainda pouco realizados, sobretudo, na Psicologia no que tange à recepção de Michel Foucault no Brasil. Pensar o arquivo como conjunto de histórias de vida e maneiras de contar as existências também tem uma dimensão antropológica e social que implica gerar efeitos de conversação com a Psicologia Social, Política, Institucional, Comunitária, Educacional e na Saúde Mental e Coletiva, pois, traz aspectos dos modos de andar a vida e de se relacionar, portanto, de subjetivar e gerir políticas públicas na problematização dos documentos que formam um arquivo. Os olhares de escalas analíticas genealógicos operam um deslocamento importante na pesquisa e na existências, pois fabricam subjetividades que resistem e se modulam pela relação com a memória e a história, em uma transvaloração dos valores, a partir de um plano ético, estético e político do saber local, insurgente, descontínuo e que produz saúde na perspectiva da utilidade da história para a vida.