CAMPESINATO E PANDEMIA: As relações socioprodutivas no assentamento 12 de Outubro no município de Cláudia-MT mediante a ameaça do COVID-19

Autores

  • Armando Tafner Universidade Federal do sul e Sudeste do Pará
  • Amandla Silva Sousa Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGS/UFMT) https://orcid.org/0009-0003-9426-2641

Resumo

A forma da reprodução social do campesinato na Amazônia tem como principal característica, a atuação voltada para o bem-viver, distinta do objetivo da acumulação que o capitalismo implementa na sociedade Ocidental. No município de Cláudia, localizado no Norte de Mato Grosso, centro da Amazônia brasileira, onde foi realizado esse estudo, o assentamento 12 de Outubro retrata tais relações socioprodutivas. Esse cenário social quando acometido por uma conjuntura pandêmica, faz com que o trabalho familiar no campo seja afetado, pois um corpo contaminado, doente, não consegue trabalhar e a subsistência de uma família camponesa fica comprometida. Com o desfalque familiar, a sobrecarga de trabalho acaba por sobrecarregar ainda mais as mulheres, pois os homens tendem a sair para trabalhar fora do lote, e fica a cargo do gênero feminino reproduzir o funcionamento do espaço, para que a família tenha o seu sustento. O presente trabalho tem por objetivo abordar as transformações provocadas por um cenário pandêmico em uma comunidade camponesa. Para tanto, conversas com a comunidade foram feitas de forma virtual, via aplicativo e ou telefone celular, e ocorreram de forma individualizada, durante o segundo semestre de 2019. Tais conversas apontaram para uma intensificação dos trabalhos femininos durante ese período

 

Biografia do Autor

Amandla Silva Sousa, Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGS/UFMT)

Discente do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGS/UFMT).

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Publicado

2024-11-04