EMOÇÕES, MORTE E PANDEMIA

O DIA DE FINADOS E OS CEMITÉRIOS A PARTIR DE VIVÊNCIAS MÚLTIPLAS

Autores

Palavras-chave:

Antropologia das Emoções, Antropologia da Morte, Turismo Cemiterial, Covid-19, Belém

Resumo

O presente artigo é um recorte da monografia da primeira autora, sob orientação da segunda autora, e experimenta através dos sentidos e rememora momentos ditos fúnebres com perspectivas pré-pandêmicas e pandêmicas, especialmente narrando sobre lugares de Belém, no Pará. O Dia de Finados de 2019, no Cemitério Santa Izabel, o último passado em sua completude no espaço cemiterial e no rito de sepultamento, sem as interferências pandêmicas no sentir e no fazer ritualístico do morrer, é o protagonista deste texto. Em contraste, durante a pandemia também visitamos e revisitamos o dia dos mortos. Através da Antropologia das Emoções e da Arqueologia Sensorial, amparadas por dados etnográficos coletados através de entrevistas individuais e das nossas próprias experiências sensoriais, visamos compreender diferentes tipos de interpretações sobre a morte, sobre emoções relacionados à morte, e às emoções ligadas aos lugares que remetem a morte. A pandemia da Covid-19 modificou os rituais, mas não foi capaz de exterminar nem mesmo aqueles celebrativos, como o Dia das Bruxas. O rito funerário, antes vivido e vivenciado, fora amplamente impactado e desordenado pela pandemia de Covid-19, o que demonstramos a partir de nossas próprias vivências e expectativas, perspectivas individuais, bem como percepções acerca de ausências corporais, emocionais e sociais.

Biografia do Autor

Elisa Goncalves Rodrigues, Universidade Federal do Pará - UFPA

Doutoranda e mestra em Antropologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Pará (PPGSA-UFPA). Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Pesquisadora vinculada à Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais (ABEC) e à Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Coordenadora do Grupo de Estudos em Antropologia da Morte (GEAM). Membro do Grupo de Pesquisa Antropologia das Paisagens: memórias e imaginários na Amazônia (NAVERRÂNCIAS). Tem experiência nas áreas de Antropologia e Estudos Cemiteriais, especialmente nos seguintes temas: Antropologia da Morte, das Emoções e Urbana, Imaginário, Memória, Morte, Luto, Ritos Funerários e Santos Populares/Milagreiros.

Renata de Godoy, Universidade Federal do Pará - UFPA

Possui títulos de Ph.D. em Antropologia/Arqueologia pela Universidade da Flórida/EUA (2012), Mestrado em Gestão do Patrimônio Cultural/Arqueologia (2003) e Graduação em Arquitetura e Urbanismo (2001) pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO). Sua principal área de atuação é Arqueologia Contemporânea e/ou Arqueologia Patrimonial, envolvendo temas tais como Gestão do Patrimônio Cultural, Urbanismo, Turismo e Antropologia. É sócia efetiva da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB). É professora adjunta da Universidade Federal do Pará, na Faculdade de Ciências Sociais (FCS-IFCH/UFPA), e professora permanente no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU-ITEC/UFPA). É professora permanente e atualmente coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA-IFCH/UFPA), biênio 2022/2024, biênio 2024/2026.

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Publicado

2024-12-16

Edição

Seção

Artigos