O LABOR DA PESQUISA:

LAPIDANDO O CAMPO NA FRONTEIRA FRANCO-BRASILEIRA

Resumo

Este trabalho tem por objetivo problematizar o percurso metodológico
empregado numa pesquisa sociológica construída na fronteira franco-brasileira.
Elabora uma reflexão sobre as aproximações e os distanciamentos no processo de
entrada em um campo recheado por práticas classificadas pelos Estados Nacionais
como ilegais. Postula que a experiência em campo, através do contato direto com
os moradores da referida fronteira, se constitui como a principal ferramenta de
coleta de dados. Assim, discute que a produção de diários de campo, como também
a realização de entrevistas, são fundamentais para o desenvolvimento do trabalho,
especialmente para a interpretação de categorias nativas. Não obstante, soma-se à
argumentação a defesa da utilização de outras fontes, a exemplo de jornais e
revistas, que possibilitam construir uma visão geral do objeto de estudo,
convergindo em novas interpretações. Conclui-se que a pesquisa deve construir
diversos caminhos, ancorada na pluralidade de fontes, para que possa constituir e
interpretar um objeto sociológico