Resíduos medievais da simbologia cristã no romance A Rainha do Ignoto, de Emília Freitas

Autores

  • Cícero Bôscoly Mangueira de Morais Secretaria Municipal de Ensino (SME)

Palavras-chave:

Residualidade, Medieval, Feminino, Rainha do Ignoto

Resumo

A pesquisa tem como objeto de estudo o romance A Rainha do Ignoto, de Emília Freitas. O objetivo geral é investigar de que modo a simbologia cristã se configura como resíduo medieval na obra em questão, ou seja, analisar essas remanescências no século XIX, época em que o livro foi escrito, identificando o sagrado e o profano tanto na rotina das personagens que vivem no vilarejo de Passagem das Pedras, quanto no modo de vida de Funesta e de suas paladinas, que habitam a Ilha do Nevoeiro, e investigar o dualismo medieval, presente no romance, sob a ótica da Teoria da Residualidade. Os fundamentos teóricos que amparam este trabalho terão como referência os conceitos de base e autores da Teoria da Residualidade e seus conceitos de resíduo, mentalidade e imaginário de Pontes (2017); Martins (2015); Torres (2017), além de duas categorias medievais: “o sagrado e o profano”, alicerçadas nos estudos de Le Goff (1991); Franco Jr, (1994); Duby e Perrot (1990), dentre outros medievalistas que se farão necessários ao longo da pesquisa. Os estudos de Todorov (2017) também contribuem para analisar a presença da Literatura Fantástica na obra. Para analisar a condição da mulher no contexto em que a obra se insere, tanto na perspectiva das personagens quanto na forma de pensar de Emília Freitas, apropriamo-nos, também, de conceitos da crítica feminista, representada pelas ideias de Duarte (1990).

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Publicado

2025-10-28

Edição

Seção

Dossiê Leituras Residuais Afrobrasilusas