Arte Aparai na Educação Escolar Indígena: o grafismo como recurso visual para o ensino de arte

Ereu Apalai, Jussara de Pinho Barreiros

Abstract


O artigo discute os usos dos grafismos em cestos, como expressão cultural da arte produzida pelos indígenas Aparai, que moram na aldeia Parapará no Parque Nacional da Montanha do Tumucumaque, localizado no Estado do Pará, Brasil. Realizou-se pesquisa bibliográfica com relação aos aspectos históricos e dados populacionais dos indígenas Aparai. Além disso, observação e técnica de entrevista temática foram os instrumento de coleta de dados aplicados na Aldeia Parapará, caracterizando a pesquisa qualitativa. Cada grafismo tem significado mítico-estético, de acordo, com a tradição e os tipos de marcas indígenas, que tem padrão gráfico de animais interpretados como seres sobrenaturais pelos indígenas Aparai. Os grafismos desenhados em cestos, têm como mito fundante o Turupere, que é a representação dos desenhos do corpo de um lagarto, sendo o seu domínio as águas, além de outros animais que habitam a floresta Amazônica. As cestarias Aparai são produzidas de tala de arumã, madeiras, sementes, algodão, plumagem e tabocas. A maioria dos objetos artesanais são feitos manualmente para uso doméstico ou para caça e pesca, e, são comercializados nas cidades de Oiapoque, Macapá e Belém. O conhecimento indígena é transmitido de geração em geração pela oralidade na Educação Indígena e precisa ser valorizado no ensino de arte, e, na Educação Escolar Indígena como parte do patrimônio cultural intangível ou imaterial.




DOI: https://doi.org/10.18468/sc.knowl.focus.2018v1n1.p57-72

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