Apresentação do Dossiê: Por que Epistemologias Feministas?
Resumo
É chegado o momento de questionar até que ponto o discurso hegemônico oriundo dos
privilégios associados ao patriarcado é capaz de adquirir características plurais e diversas, pois a
narrativa hegemônica passa a impressão de que sempre houve resistência às narrativas sobre os
sujeitos, a natureza, o conhecimento produzido, suas fontes, suas maneiras de aquisição e
justificativas. Com a estruturação dos estudos feministas, após séculos de lutas de mulheres para
o acesso ao mundo "das letras" e seus estratos hierarquicamente mais elevados - as universidades
-, as resistências e contranarrativas das mulheres passaram a ser registradas e defendidas em
espaços até então dominados por homens brancos privilegiados. Como em todo encontro de
perspectivas diversas, nem todo discurso é inclusivo, sensível à diversidade ou mesmo empático.
No debate feminista sobre epistemologia, importantes conceitos foram elaborados ou
ressignificados para denunciar, simultaneamente, as práticas de exclusão e os sujeitos excluídos pela epistemologia estabelecida. Este foi o caso dos conceitos de androcentrismo, conhecimento situado e interseccionalidade, para que se forneçam três exemplos de termos utilizados por autoras deste dossiê
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PDFDOI: https://doi.org/10.18468/pracs.2023v16n1.p%25p
Direitos autorais 2023 PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP

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