Interculturalidade na educação escolar indígena na perspectiva decolonial – o caso da CEI Raimundo Lopes na Terra Indígena Guajajara em Grajaú-MA

Samuel Correa Duarte, Taywan Morais Clemente Guajajara

Resumo


No presente estudo destacamos a etnia Guajajara/Tenetehar residente nos limites da cidade de Grajaú-MA, com pesquisa de campo na aldeia “Bacurizinho”. De acordo com informações da SESAI, a referida comunidade é constituída por aproximadamente 800 habitantes distribuídos numa área de 82.423 ha, que foi reconhecida como terra indígena por meio do Decreto 88.610 de 11 de agosto de 1983. A pesquisa foi realizada exclusivamente com professores que atuam no CEI Raimundo Lopes. As questões que nortearam a pesquisa versaram sobre três eixos: 1. Os processos pedagógicos no contexto escolar local dialogam com a realidade cultural circundante? 2. Como os profissionais de educação atuantes na comunidade lidam com o duplo desafio de preservar e valorizar a cultura local e ao mesmo tempo instruir na cultura abrangente da sociedade brasileira? 3. Como a conjugação de saberes, tradição e organização política pode ser eficaz na luta local contra a lógica neoliberal? Espera-se que com essas questões, em diálogo com as teorias decoloniais de Mignolo (2008; 2017), Quijano (1992; 2005), Rivera-Cusicanqui (2010), Escobar (2003; 2005) et alli permita (re)pensar os processos de (re)produção da vida material e cultural em contexto de sociedade tradicional indígena.

Palavras-chave


Educação Indígena; Decolonial; Guajajara

Texto completo:

PDF Português


DOI: https://doi.org/10.18468/pracs.2020v13n2.p145-163

Direitos autorais 2020 PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.