Literatura paraense de autoria feminina: uma perspectiva diacrônica

Francisco Rodrigues da Silva Neto, Claudia Valéria França Vidal

Resumo


A presença da mulher na literatura enquanto produtora de textos escritos é bem mais tardia e numericamente inferior do que a do homem devido a uma série de fatores histórico-sociais. A discussão em torno deste descompasso toma força a partir do surgimento da linha da crítica literária feminista na década de 1970 nos Estados Unidos. Uma de suas vertentes, a ginocrítica, tem por finalidade pesquisar o corpus literário produzido por mulheres, até então praticamente ignorado pela crítica tradicional predominantemente masculina, bem como, a formação de um cânone alternativo. Esta tendência de estudos, atualmente mais conhecida sob a rubrica da crítica de gênero, foi replicando-se para outros países e suas respectivas literaturas. No que toca à literatura brasileira, muitos trabalhos têm sido produzidos sobre o assunto nas últimas três décadas. Este artigo se propõe a apresentar uma revisão diacrônica da presença da mulher especificamente nas letras paraenses do século XX ao momento atual a partir do ponto de vista da crítica literária de gênero. Observou-se que o Grupo de Estudos e Pesquisas Eneida de Moraes tem encabeçado estas investigações. Também foi possível constatar que o advento da era digital e a cibercultura abriram novas possibilidades para a publicação de mais escritoras, para a formação de redes de divulgação e para a investigação acerca do objeto proposto.

Palavras-chave


crítica de gênero; literatura paraense; autoria feminina; Era Digital; memória

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DOI: https://doi.org/10.18468/pracs.2020v13n1.p07-20

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