Repensar a democracia

Mauricio Mogilka

Resumo


Com o fim da guerra fria e a derrocada dos regimes socialistas burocratizados, a partir do fim da década de oitenta, a democracia liberal e representativa típica das sociedades capitalistas se mostrou aparentemente como a única alternativa possível de organização política. Isto desorientou grande quantidade de pensadores sociais e movimentos de organização coletiva, produzindo um vácuo de utopias e um realismo bastante conservador. Se o socialismo burocratizado no modelo soviético não é mais a utopia e a democracia representativa tem se mostrado um modelo confirmador das desigualdades sociais, este artigo se pergunta se há condições de algum modelo de democracia ainda desempenhar um papel norteador de mudanças estruturais a partir das sociedades capitalistas. Se pergunta, também, se esta utopia seria a democracia participativa, e como seria este regime. Questiona, por último, o papel da educação e da subjetividade na construção desta sociedade. Este artigo pretende realizar uma discussão sobre o tema a partir de reflexões próprias e também inspirado nas teorias latino-americanas da libertação. Desta forma, este texto pretende contribuir no esforço coletivo para a superação do impasse em que a reflexão e as práticas de luta social se encontram no momento. Trata-se, portanto, de um estudo político, nascido da militância social do autor, de leituras teóricas e do desejo de construir uma referência aberta, que possa apoiar as lutas sociais por um mundo melhor. 


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