Poluição sonora em Macapá: problema cultural ou crime ambiental?

Argemiro Midonês Bastos

Resumo


Os sons urbanos que nos incomodam são representações de grupos sociais ou consistem em total desconhecimento da legislação ambiental vigente? Pesquisa de opinião realizada no município de Macapá, com o objetivo de avaliar a percepção da população macapaense quanto à poluição sonora, comparou os resultados obtidos com os dados estatísticos de ocorrências registradas no Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODES). Foram aplicados 1.000 questionários em três bairros da cidade: Centro, Perpétuo Socorro e Buritizal. Estes locais foram escolhidos por serem pontos de grande circulação de pessoas de diversas partes do município. As principais fontes de ruído causadoras de incômodo relatadas foram: o trânsito (34%), som automotivo (20%) e os bares (16%). O bairro Centro foi considerado pelos respondentes como o de maior poluição sonora. Na avaliação dos respondentes a poluição sonora tem aumentado nos últimos anos, provocando nas pessoas: irritabilidade (37%), dores de cabeça (36%) e falta de concentração (16%). A principal conclusão da pesquisa é que apesar de reconhecer as causas desta poluição, a população além de desconhecer qualquer instrumento legal que a iniba, também não se vê como fonte potencial deste distúrbio. A poluição sonora em Macapá não é um problema cultural e sim um crime ambiental tendo como causa principal o desconhecimento da legislação ambiental relacionada ao tema. Esses resultados podem ajudar o poder público a promover ações que visem o esclarecimento da população com relação a esse assunto, pois essa forma de poluição é um dos grandes causadores de prejuízo à saúde das pessoas

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