Formação dos Nomes Primitivos em Ikpeng

Angela Fabiola Alves Chagas, Kelly Edinéia Oliveira da Silva

Resumo


O objetivo deste artigo é descrever como os nomes primitivos são gerados na língua Ikpeng (Karib). Esta língua possui dois tipos de nomes: os possuíveis e os não-possuíveis, existindo distinções morfológicas e semânticas entre ambos. Morfologicamente, os possuíveis podem carregar prefixos de pessoa, que indicam a figura do possuidor e um sufixo relacional que indica a função genitiva; enquanto os últimos não podem ter nenhum desses morfemas afixados às suas bases. Os nomes possuíveis podem ser subdivididos em alienáveis e inalienáveis. Os primeiros, semanticamente, referem-se a objetos pessoais, enquanto os inalienáveis, geralmente se relacionam semanticamente a noções como: partes do corpo, termos de parentesco e sentimentos ou emoções e, ocasionalmente, podem ocorrer sem indicação do possuidor, tal como os alienáveis. Na forma absoluta, além da morfologia que indica essa condição, ambos podem se manifestar através de uma raiz supletiva. Os nomes não-possuíveis semanticamente relacionam-se a elementos da natureza e não carregam morfologia genitiva.


Palavras-chave


Nomes; Morfologia Nominal; Língua Ikpeng.

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DOI: https://doi.org/10.18468/rbli.2020v3n1.p18-26

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