A pesquisa em fala assoviada

Elissandra Barros

Resumo


Distante dos centros urbanos e, geralmente, ligada às práticas tradicionais de subsistência, a fala assoviada é uma prática milenar que sobrevive em muitos lugares ao redor do mundo, mas cuja vitalidade depende da preservação do meio socioambiental onde ela é utilizada. O linguista francês, Julien Meyer, se apaixonou pelo desafio de documentar e estudar esse fenômeno fascinante, o que o levou a locais remotos na Europa, América Latina, Alasca, Ásia e África, sempre em busca de novas línguas com fala assoviada. Sua formação acadêmica ampla e multidisciplinar – Engenharia, Ciências Cognitivas e Linguística – o permitiu utilizar e adaptar metodologias distintas às necessidades do trabalho de campo com a fala assoviada, ainda pouco estudada – ou sequer identificada – em diversas línguas. Esta entrevista, realizada para a Revista Brasileira de Línguas Indígenas (RBLI), nos proporcionou um reencontro, uma vez que nos conhecemos ainda em Belém, no período em que ambos vivíamos na capital paraense. Desde então, tivemos a oportunidade de trabalhar juntos em várias oficinas de documentação destinadas aos povos indígenas, oportunidades em que Julien compartilhou conosco seus conhecimentos sobre documentação de línguas e suas experiências com o estudo das línguas assoviadas. Entrevistei Julien em uma manhã de céu claro, no dia 18 de junho de 2019, em sua casa na aldeia de Sainte Agnès, na parte francesa dos Alpes.

Palavras-chave


Linguística; Fonética; Língua Assoviada; Línguas Indígenas

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DOI: https://doi.org/10.18468/rbli.2020v3n2.p102-109

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