Prolegômenos sobre mudança linguística

Jackson Cícero França Barbosa, Marli Hermenegilda Pereira, Henrique Miguel de Lima Silva

Resumo


Desde as abordagens formalistas da língua, o componente referente à mudança é destacado como um fator inerente ao sistema, oportunizando uma certa urgência em termos de revisão de construtos, para que se levem em consideração aspectos relacionados à dinamicidade linguística. Nesse ínterim, nosso estudo reúne princípios básicos que regem noções de mudança linguística a partir de diálogos entre os conceitos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1972; GONÇALVES, 2002; LUCCHESI, 2004; WEINREICH, LABOV, HERZOG, 2006; MOLLICA & BRAGA, 2008; BAGNO, CASSEB-GALVÃO, 2017; entre outros) e do Funcionalismo Linguístico, de origem norte-americana (HOPPER, 1991, 1998; NEVES, 2004; HOPPER & TRAUGOTT, 1993, 2003, 2005; MARTELOTTA, 2011; entre outros). Objetivamos, assim, contribuir para uma compreensão didática do fenômeno abordado sob diferentes perspectivas. Através de uma pesquisa bibliográfica, em âmbito descritivo, esquematizamos reflexões a partir do quadro teórico-epistemológico da mudança linguística, por via de levantamento das noções preliminares necessárias à compreensão do fenômeno em tela. Esclarecemos que esta investigação não se compromete com análises entre as correntes teóricas, mas com uma reflexão entre os seus pontos de intersecção. Destacamos, ainda, que as referidas áreas consideram a língua um mecanismo de serviço à comunicação, bem como um fenômeno que se encontra em constante transformação, refutando as noções de homogeneidade, estabilidade e autonomia do sistema linguístico


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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2019v9n4.p39-49

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