DA POÉTICA DA JANELA AO OLHO DA RUA: A FORMAÇÃO DA NARRATIVA JORNALÍSTICA
Resumo
Este ensaio, dividido em duas partes, procura elucidar algumas transformações na maneira de olhar para os acontecimentos da cidade e que, consequentemente, traria modificações na escritura que se processaria sobre tais eventos. Para tanto, utiliza a janela como metáfora do olho que enxerga de uma perspectiva imóvel e a caminhada pela cidade como metáfora do novo texto caleidoscópico que passaria a circular no veículo móvel do jornal: a crônica. Parte-se da ideia de que o primeiro texto representa o escritor confinado em seu gabinete e o segundo o surgimento do flâneur que mergulha na cidade correndo riscos. Tal tipo, descrito por Walter Benjamin no contexto parisiense e por João do Rio no Brasil do começo do século XX, seria, no entendimento da autora, a prefiguração do cronista e depois do repórter das massas.
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PDF PortuguêsDOI: https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n1.p131-143
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