O fenômeno variável da posição dos clíticos pronominais em cartas manuscritas dos tempos áureos da borracha

Grace Freire Bandeira

Resumo


Neste artigo, tratamos da constituição de um corpus diacrônico do português registrado no Amazonas do século XIX. Os dados a que fazemos referência resultam de pesquisa que tem selecionado e organizado cartas manuscritas datadas de 1877 a 1989; correspondência, fundamentalmente de tom comercial, firmada entre pessoas físicas e jurídicas e a empresa J. G. Araújo, ao longo de 112 anos. Sob o modelo sociolinguístico quantitativo laboviano (LABOV, 1972), trazemos a descrição das formas verbais em uso no conjunto de dados, com destaque para as suas realizações escritas e para a sua relação com pronomes na função objeto. Para tal, analisamos 46 cartas, exemplares do século XIX, (destas, 21 com mais de uma página), com o propósito de estudar qual é o uso majoritário no material em estudo: se a próclise, se a ênclise. Nossos resultados apontam tendência à posição pré-verbal do clítico em relação ao verbo, com 57,31% de ocorrências de ‘me’ e ‘lhe’ em relação a um total de 164 dados. 


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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2020v10n1.p133-143

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