A ficção em Nove Noites
Resumo
Vivemos hoje um boom de livros sobre a memória, seja ela pública ou privada: autobiografias, biografias, metaficções historiográficas. É neste contexto histórico-cultural que se insere o romance que o presente artigo se propõe a analisar. Nove Noites, de Bernardo Carvalho, publicado em 2002, parece ser parte de uma busca do autor pela reafirmação do valor da ficção. Apropriando-se, de maneira vertiginosa, de formas literárias que se articulam a partir de um limite mais próximo da realidade – da biografia, da autobiografia e da metaficção historiográfica –, o romance emprega a linguagem e as estratégias destas formas literárias de modo a fazer com que o pacto com a ficção sempre prevaleça sobre o pacto com a realidade. Este artigo tenta descrever como esse processo acontece no romance.
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PDF PortuguêsDOI: https://doi.org/10.18468/letras.2019v9n2.p113-122
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