Julián Fuks e a imprescindível arte de resistir

Natali Fabiana da Costa e Silva

Resumo


Publicada em 2015, a obra A resistência, de Julián Fuks, se inscreve na perspectiva da memória e revela um complexo jogo entre ficção e realidade. Foi qualificada pelos críticos literários como autoficção porque “rompe com o princípio de veracidade” sem, contudo, “aderir integralmente ao princípio da invenção” (FAEDRICH, 2015, p.46). É nessa intersecção entre o real e o ficcional que o narrador Sebastián, no ato de escrever um livro sobre seu irmão adotivo, tece nas malhas da narrativa sua vida familiar, o período turbulento da ditadura, o exílio dos pais, que tiveram de deixar a Argentina devido à perseguição política. Na convergência entre o “verdadeiro” e o “fabuloso”, escritor e narrador se confundem e a ficção coteja a realidade, pois Fuks, nascido em São Paulo em 1981, é filho de argentinos exilados e também tem um irmão adotado.


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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n3.p253-256

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