Da distinção entre dois mundos/níveis: um estudo sobre os domínios semiótico e semântico

Briane Schmitt, Claudia Stumpf Toldo Oldeste

Resumo


Neste estudo, procuramos investigar o problema da significação a partir da perspectiva sobre as noções de forma e sentido na linguagem, propostas por Émile Benveniste (2006). Este trabalho justifica-se na medida em que busca compreender de que maneira se constroem os sentidos que circulam nas práticas enunciativas, em especial no discurso sobre o incêndio da boate Kiss, ocorrido no dia 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. O objetivo dessa pesquisa é analisar a maneira como os domínios do semiótico e do semântico funcionam no processo de significação da linguagem. O estudo tem como pressupostos teóricos as noções sobre forma e sentido na linguagem propostas por Émile Benveniste (2006) em sua obra Problemas de Linguística Geral II, bem como algumas considerações sobre os estudos benvenistianos discutidas por Valdir do Nascimento Flores (2013). O corpus dessa pesquisa é composto por três recortes do livro intitulado Todo dia a mesma noite, de autoria de Daniela Arbex, cuja obra tem o caráter de uma extensa reportagem sobra a tragédia na boate Kiss. A pesquisa é do tipo exploratória, bibliográfica e sua análise é qualitativa. A constatação deste trabalho é de que o domínio semântico, embora sempre relacionado e só existente por conta do domínio semiótico, se destaca por ser o responsável pela riqueza infinita de sentidos, uma vez que sempre considera o ato enunciativo como único, atualizado no presente da enunciação, e que dá margem para acréscimos de sentidos que dependem do próprio uso do sistema que é a língua.


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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2020v10n1.p159-167

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