Variação lexical em Macapá: um estudo comparativo com o Atlas Linguístico do Amapá (ALAP)

Helen Costa Coelho, Sara Costa de Matos

Resumo


Este artigo apresenta uma descrição da variação lexical fala dos moradores localizados na área urbana do município de Macapá em comparação com os dados apresentados pelo Atlas Linguístico do Amapá - ALAP (RAZKY, RIBEIRO & SANCHES, 2017). O referido estudo tem como base os pressupostos teóricos da Sociolinguística e da Dialetologia moderna, bem como a metodologia utilizada para a descrição de dados, a Geolinguística. Para tanto, fez-se uso de autores como Ferreira e Cardoso (1994), Labov (2008), Calvet (2002), Cezário e Votre (2008) e Cardoso (2010). Os dados foram coletados in loco através da aplicação do Questionário Semântico-Lexical (QSL), respectivamente o campo semântico denominado “Convívio e Comportamento Social”. A pesquisa seguiu os mesmos parâmetros do Atlas Linguístico do Amapá (ALAP), com o intuito de dar conta das dimensões diatópica, diagenérica e diageracional da variação presentes na fala dos dezesseis colaboradores entrevistados. Os resultados foram descritos em cartografias e são importantes para o desenvolvimento de outras pesquisas dialetológicas, no que diz respeito ao conhecimento da norma lexical de um espaço geográfico, visto que este estudo apresenta dados que comprovam a presença de variantes lexicais para conteúdos semânticos diferentes do que apresenta o ALAP. A exemplo das novas variantes que foram registradas, temos as denominações fumo e enrolado que são novas, em relação ao ALAP, para o item 145, tabaco. Ou murrão e brejeira para o item 146, bagana.

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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2020v10n1.p93-107

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