A autorreflexão na Ilíada sob o olhar semiótico

Gabriel Galdino Fortuna

Resumo


Este artigo irá explorar a forma como o conceito de autorreflexão está imanente na estrutura da Ilíada, consolidando sua presença desde o nível mais fundamental e abstrato da obra até os mais complexos, em outras palavras, do nível temático para os níveis narrativos e discursivos. Utilizaremos recursos da semiótica tensiva de Zilberberg e dos estudos greimasianos, dentre eles, o quadrado semiótico e os termos que descrevem os principais fenômenos tratados por estes semioticistas- o Deslumbramento e o Acontecimento. Essas teorias serão cotejadas com os conceitos de medo e coragem apresentados nas obras de Aristóteles e Platão, emoções vinculadas à autorreflexão. Assim, poderemos verificar que a autorreflexão e, consequentemente, o reconhecimento, não apenas existem no épico, mas são elementos isotópicos cruciais que contribuem para a unidade da obra e fornecem ingredientes responsáveis por expor a maestria de Homero ao lidar com o material mítico, humanizando-o.


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