As propostas de produção escrita nas provas de redação da UNIFAP: da redação endógena/escolar ao gênero textual

Rosivaldo Gomes

Resumo


Este artigo objetiva descrever e analisar 04 (quatro) propostas de redação do vestibular da Universidade Federal do Amapá, realizadas nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011, as quais tomaram como base de produção textual a perspectiva de Gêneros do Discurso (BAKHTIN, 1979). Como base teórica, este estudo apoiou-se nas discussões sobre gêneros textuais como uma alternativa para desestabilização de práticas de produção escrita vistas como “tradicionais” Rojo (2003, 2004, 2001 e 2000), das noções de letramento e letramentos múltiplos Soares (2006), Rojo (2009), e das diferenças entre tipologias textuais e gêneros textuais Beth Marcuschi (2007), Marcuschi (2008), Costa Val (2007). Para a metodologia, utilizou-se as contribuições da pesquisa de natureza descritivo-interpretativa de cunho qualitativo. Os resultados finais indicam que para todas as provas apresentadas faz-se referência às condições de produção específica de cada gênero, definidas por objetivos, público alvo, ambiente de circulação, sendo que a antiga exigência de escrita dos gêneros textuais escolares por excelências perde força ante a solicitação de variados gêneros, destinados a públicos distintos e em situações comunicativas diferenciadas. Assim, as provas organizam-se a partir de um jogo discursivo/enunciativo, no qual primeiramente, o candidato deve assumir o papel social indicado nas instruções referentes aos gêneros propostos para serem produzidos, mas sem também esquecer o outro papel social desenvolvido por ele – o de candidato.

 

PALAVRAS-CHAVE: Produção textual. Redação. Vestibular. Gêneros Textuais.


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