A CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS SOCIAIS COMO ESPÍRITO DE ÉPOCA NAS OBRAS DE BALZAC E MACHADO DE ASSIS

Dayane Mussulini

Resumo


Os avanços científicos e tecnológicos vivenciados no século XIX intensificaram a busca pela civilização ao se distanciar, cada vez mais, da considerada barbárie. O dualismo fez com que os esforços para compreender o mundo encontrassem nos ideais cientificistas e positivistas uma forma de entendimento dos eventos naturais e sociais, a partir de regras de classificação e hierarquização. Desse modo, vimos se desenvolver, em diversas áreas do conhecimento, o compartilhamento do que chamamos de espírito de época. Se na zoologia tornava-se possível uma nova classificação dos animais, na literatura assistimos a vários escritores que se ocuparam de ordenar os tipos sociais então presentes. Este trabalho, portanto, pretende uma análise de “Um grande homem da província em Paris” (1839), segunda parte do romance Ilusões perdidas (1837-1843), de Balzac, e de “Aquarelas” (1859), série de artigos críticos de Machado de Assis, publicados na revista O Espelho (1859-1860). A comparação tem o intuito de mostrar a maneira como cada autor reagiu a esse espírito de época, ao tratar de assuntos essenciais para a compreensão do tempo e espaço em que viviam, tal como a imprensa periódica, que alcançava um ritmo sem precedentes.

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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n1.p07-34

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