“AS BAHIAS E A COZINHA MINEIRA”: A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NO MEIO ARTÍSTICO MUSICAL

Bianca Rosina Mattia, Paulo Henrique Pergher

Resumo


Stuart Hall (2011) escreve A identidade cultural na pós-modernidade partindo da afirmação de que as identidades modernas estão “descentradas”. Isso porque, nos tempos da modernidade tardia o que se percebe, segundo Hall, é a fragmentariedade do indivíduo moderno, não mais visto como um sujeito unificado e que, em razão disso, não encontra mais uma referência identitária estável na qual possa se encaixar. Nesse sentido, o presente artigo discute, à luz das teorias de gênero e das contribuições de Stuart Hall (2011) acerca da questão da identidade, o projeto musical do grupo As Bahias e a Cozinha Mineira, formado por duas mulheres transexuais, Assucena Assucena e Raquel Virgínia, e por um homem cisgênero, Rafael Acerbi. O objetivo é destacar como a construção da identidade pode se dar também no meio artístico musical. Para tanto, será, ainda, analisada uma das canções do álbum Mulher, intitulada Uma canção pra você (Jaqueta Amarela), destacando-se as relações entre esta composição e as teorias em foco.


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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2017v7n3.p247-261

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