TIRANIAS DA IDENTIDADE DO PROFESSOR DE LE: CRENÇAS, EMOÇÕES E AÇÕES POR MEIO DA LINGUAGEM

Helvio Frank de Oliveira

Resumo


A partir de estudos situados e relacionados a contextos escolares e universitários, de ensino-aprendizagem e de formação inicial e continuada docente, neste texto busco discutir a problemática social da identidade do professor de línguas estrangeiras, vislumbrando possíveis aspectos dimensionadores dessa relação. Para isso, ancoro-me em autores da Linguística Aplicada Crítica e da Pedagogia Crítica para compreender como o trabalho social docente com a linguagem pode ser produtivo na des/re/construção de crenças, representações, emoções e de práticas discursivas contextualizadas, com vistas a repercutir (in)diretamente na própria identidade e na do/s outro/s. Considerando as tiranias da identidade do professor de línguas e, ao mesmo tempo, apontando possibilidades linguísticas de se fortalecer o status social da docência e o ensino da língua estrangeira, vasculho historicamente o conceito de identidade, rastreando seu percurso interdisciplinar no que tange aos aspectos social, cultural, cognitivo e discursivo em simbiose com outros conceitos clássicos provenientes da Linguística Aplicada. Como exemplos para problematização, utilizo fragmentos de histórias de vida tratadas sob o fazer narrativo e analiso-as à luz das condições de produção e circulação que (d)enunciam a ação docente por meio da própria linguagem e identidade incorporadas a outros elementos delas constituidores: crenças, emoções, representações etc. Finalizo com a apresentação de pontos profícuos sobre como o professor de línguas estrangeiras pode fazer do objeto linguagem a sua ponte entre ensino de conteúdo, cultura, vida e mudança social.

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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2016v6n2.p13-38

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