DA PARCEIRA DEDICADA À “PERIGUETE”: SEXUALIDADE E IDENTIDADES DA MULHER EM CLAUDIA E TPM

Gabrielle Vívian Bittelbrun

Resumo


Supõe-se que, comparando-se com décadas anteriores, as revistas femininas brasileiras do século 21 concentram discursos de uma liberação inédita no que tange à temática da sexualidade, até pela maior participação da mulher na sociedade e pelas inúmeras possibilidades de controle de fertilidade. No entanto, um olhar sobre matérias jornalísticas de Claudia e TPM – dois títulos que são referenciais no mercado no país – dá as pistas de normas remanescentes sobre o gênero feminino, referindo-se também a um regime de patriarcado. Assim, as edições trazem recomendações sobre a vida sexual e, conectada à ela, a vida amorosa, propondo como seduzir e atrair o parceiro, sempre sob a perspectiva da heterossexualidade. Apoiando-se em pesquisas como de McClintock (2010) e Funck (2014), acredita-se que exemplares entre 2012 e 2014 dos dois veículos em questão possam servir como um caminho para se avaliar a construção de diferenciações de gênero e a manutenção, ou não, de antigas atribuições. Acredita-se que ao discorrer sobre a sexualidade da mulher, seja falando da parceira dedicada ou da “periguete”, as revistas acabam por interpelar identidades, com sugestões de como ser, agir, parecer, o que requer uma discussão, também com o apoio de teóricos como Culler (1999) e Hall (2014).


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DOI: https://doi.org/10.18468/letras.2017v7n1.p59-85

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