WILIAM WORDSWORH E SAMUEL JOHNSON: RASTROS DA ARTE MODERNA

Franklin Farias Morais

Resumo


Através da comparação entre o Preface to a Shakespeare, do crítico inglês Samuel Johnson e as concepções balizadoras da modernidade na poesia promovidas pelo poeta Wiliam Wordsworth, no célebre prefácio ao Lyrical Ballads, se entrevê, no raiar do século XIX, uma curiosa coincidência:  um e outro, embora por modos distintos, depõem o ruir das concepções clássicas e neoclássicas da feitura da arte poética. Através do instrumental teórico de M. H. Abrams, em O espelho e a lâmpada: teoria romântica e tradição crítica, este artigo pretende discutir as concepções de arte, literatura e poesia para Johnson e Wordsworth. O enfoque do presente texto, portanto, é a modificação de consciência que se deu entre o fim do século XVIII e início do XIX, na tentativa de compreensão da sensibilidade poética romântica, autônoma e avessa a quaisquer regras que não a do próprio sentimento do poeta, que irrompe sob as ruínas das práticas letradas seiscentistas e setecentistas. 

 Palavras-chave: William Wordsworth; Samuel Johnson; modernidade.


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