Estado de exceção e emergência sanitária: Giorgio Agamben sobre a pandemia por coronavírus

Alan Barbosa Buchard

Resumo


O presente artigo possui como tema a perspectiva do filósofo italiano Giorgio Agamben (1942-) sobre a atual emergência sanitária por Sars-Cov-2, a pandemia pelo novo coronavírus. A pesquise circunscreve a problemática levantada pelo filósofo acerca das consequências ético-políticas dos estados de exceção decretados pelos governos democráticos contemporâneos em resposta crise sanitária por covid-19. O artigo tem por objetivo analisar e explicitar as teses defendidas Giorgio Agamben em um conjunto de textos publicados em seu blog particular – Una Voce – e disponível na homepage da editora italiana Quodlibet. Uma tradução para o português está disponível em e-book no site da editora Boitempo, intitulada Reflexões sobre a peste: ensaios em tempos de pandemia. A metodologia de análise retoma as premissas e teses da filosofia política desenvolvidas por Giorgio Agamben em obras anteriores, tais como Homo Sacer I: poder soberano e a vida nua (1995), Homo sacer II, 1: o estado de exceção (2003) e em Signatura Rerum: sobre o método (2019). O resultado obtido consiste na apresentação do percurso filosófico das análises de Giorgio Agamben durante a fase inicial da pandemia. A leitura e comentário dos textos selecionados permitem concluir que, para o autor, a atual pandemia serve de oportunidade para a normalização do paradigma da exceção como forma de governo nas democracias contemporâneas e de ocasião para a realização plena do regime da biopolítica.


Palavras-chave


Agamben; pandemia; estado de exceção

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DOI: https://doi.org/10.18468/if.2020v11n2.p37-53

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