A liquidez das relações socioculturais na contemporaneidade: os paradoxos trazidos à baila pela pandemia do novo Coronavírus

Daniel Cardoso Alves

Resumo


Este artigo aborda sobre as clássicas concepções do atual modelo de sociedade em meio a um contexto de pandemia viral. Para tanto, a questão que o permeia é a seguinte: O que caracteriza uma “sociedade em rede”, alterada pelo “meio técnico-científico-informacional” e imersa numa “modernidade líquida”? Essa abordagem, sobretudo num latente contexto de crises, revela-se imprescindível para a compreensão do que venha a ser progresso na sociedade contemporânea. Adotando como pano de fundo o contexto da pandemia do novo Coronavírus no Brasil, objetiva-se desvelar os paradoxos desse modelo de sociedade. Caracteriza-se, metodologicamente, como uma revisão de literatura que traz à tona paradoxos de uma “modernidade líquida”. Para tanto, ancora-se em fundamentos filosóficos, históricos, geográficos e socioculturais que envolvem o tema. Como principais resultados, evidencia que o contexto pandêmico, adotado como caso empírico de análise, se faz necessário: (re)pensar os atributos inerentes a uma “modernidade líquida”, os quais, paradoxalmente, estão vinculados à noção daquilo que se idealizou por chamar de progresso e/ou visão de futuro; desvelar a falsa consciência de seres autossuficientes e a importância que possui o sentimento de alteridade em qualquer sociedade; e romper com a ilusão de que o homem é, em si, o único responsável por sua própria existência. Conclui-se defendendo uma complementariedade entre a sentença aristotélica sobre natureza social humana e os postulados hegelianos acerca da ontologia do Ser.


Palavras-chave


Pandemia. Paradoxos. Sociedade contemporânea.

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DOI: https://doi.org/10.18468/if.2020v11n2.p71-86

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