A aporía democrática: o caminho de Prometeu

Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes

Resumo


Desde a antiguidade, a democracia apresenta-se como uma espécie de aporía política, pois ao mesmo tempo em que permite a liberdade a todos os cidadãos, ela também nos traz a problemática do conhecimento para governar. Afinal, todos os cidadãos são tão aptos a governar como o são para votar ou haveria uma autoridade epistêmica para se julgar as decisões políticas? Segundo o mito de Prometeu, há uma aporia sobre a humanidade que será solucionada através do roubo do fogo e da arte (téchne) divinos. No caso do mito, a aporía se resolve no ensino das artes aos homens, sendo cada uma delas específica a cada tipo humano. A exceção se dá com a arte política, que é distribuída igualitariamente por Zeus. Dessa forma, todos os humanos estariam aptos a deliberar sobre a política. Nosso intuito com este trabalho é fazer uma analogia entre o mito de Prometeu e a democracia contemporânea, fazendo o contraste entre liberdade e autoridade, de maneira que possamos identificar problemas e propor soluções para essa forma de governo.


Texto completo:

PDF Português


DOI: https://doi.org/10.18468/if.2020v11n1.p85-92

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2020 Investigação Filosófica

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.