Estou me guardando para quando o carnaval chegar: reflexões transdisciplinares sobre tempo, trabalho e festa no capitalismo 24/7

Raquel Assunção Oliveira

Resumo


Este artigo busca investigar as dinâmicas do trabalho contemporâneo a partir das reflexões despertadas pelo documentário brasileiro Estou me guardando para quando o carnaval chegar (2019), gravado na cidade de Toritama/PE, apelidada de Capital do Jeans, dado o seu destaque na produção têxtil brasileira. Para tanto, e buscando uma abordagem transdisciplinar dos saberes, serão importantes as contribuições, dentre outros autores, de pensadores como o filósofo Byung Chul-Han, com suas reflexões sobre a atual Sociedade do Cansaço dentro de um macrocontexto psicopolítico; da pesquisadora Fernanda Bruno, no que concerne à vigilância palinóptica; do sociólogo Ricardo Antunes, no que diz respeito à realidade brasileira das atuais relações trabalhistas; e do crítico Jonathan Crary, em seu trabalho sobre o sono e a vigília no capitalismo 24/7. Ao fim, reflete-se acerca da festa enquanto estratégia para encantar e adiar o fim do mundo, seguindo as pistas de Luiz Simas e Ailton Krenak.


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