Os Irmãos Maçons sob vigilância: uma análise dos documentos do SNI produzidos durante o governo Figueiredo (1979-1985)
Resumo
O presente artigo foi escrito tendo como base os documentos provenientes dos arquivos inéditos do Serviço Nacional de Informação (SNI), disponibilizados no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Estadual de Londrina (NDPH-UEL) e no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN). O objetivo deste estudo é apresentar dados novos sobre a Maçonaria, e suas tentativas de influenciar as decisões governamentais durante a ditadura militar brasileira, centrando-se na gestão de João Figueiredo e José Sarney. O SNI, produtor dos informes que analisam os maçons, foi criado em 1964, no início do período ditatorial, tendo como objetivo supervisionar as atividades de informações envolvendo o Brasil e outros países, centralizando o controle delas na presidência. A Maçonaria não é uma ordem religiosa, mas seus membros acreditam em uma entidade criadora do universo e rejeitam ideologias ateias. Os documentos analisados foram produzidos ao longo da década de 1980 e tratam da ordem semi-secreta da Maçonaria, nos quais apresentam alguns de seus princípios e apontam como suas ações buscavam induzir as decisões políticas durante a época da ditadura militar e no governo Sarney. Nas análises, foi possível constatar que os maçons tentavam influenciar o governo com suas ações, abordando assuntos como economia, política e educação. Devido a estas ações políticas, as movimentações da maçonaria eram vigiadas pelo SNI.
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PDFDOI: https://doi.org/10.18468/fronteiras.2022v9n2.p%25p
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