Degenerescência humana em função da raça e a fala pública de Juliano Moreira

Isnara Pereira Ivo, Evandra Viana de Freitas

Resumo


Analisa-se a Fala Pública do médico baiano - o pardo Juliano Moreira - e a contribuição do seu pensamento e ações para o movimento científico, político e social do final do século XIX até o início dos anos 30 do século XX. O discurso acerca da degeneração humana em função da raça, baseado principalmente em interesses socioeconômicos e culturais, e a emergência de seu contradiscurso, tendo como fundamento a busca do cientificismo biológico na medicina brasileira, são os contextos que conformam a sua atuação em embates contra as teorias deterministas que concebiam os negros africanos como elementos danosos à composição biológica do gênero humano. Em defesa da mestiçagem do povo brasileiro, Juliano Moreira filiou-se ao discurso médico que questionava o racialismo vigente e, com base em experimentos científicos, comprovou que a degeneração humana teria origens noutras causas e não na mistura entre as raças

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DOI: https://doi.org/10.18468/fronteiras.2020v7n1.p29-46

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