A ocupação das fronteiras dos Sertões do Leste: o Itambacuri e a civilização indígena (Minas Gerais, Século XIX)

Izabel Missagia de Mattos

Resumo


Ao longo dos Setecentos e Oitocentos, os chamados “Sertões do Leste” da Província de Minas eram considerados “infestados” pela presença numerosa de populações indígenas e figurados como antítese do espaço “cristão” e “civilizado”. Neste artigo examinarei aquela região ao longo dos Oitocentos, a partir de alguns empreendimentos de fronteira situados no “centro da mata” – região do Vale do Rio Mucuri – inicialmente com a implementação da Colônia Militar do Urucu, passando pelo projeto colonizador de capital misto da Companhia do Mucuri e culminando com o aldeamento missionário do Itambacuri e a revolta indígena ali protagonazida em 1893 por povos Botocudos nele estabelecidos. A composição étnica ao longo dos Oitocentos naquela região será acompanhada em sua imensa variedade e intenso dinamismo e examinada tanto à luz da competição de projetos civilizacionais relacionados à formação da nação brasileira quanto relativamente às dificuldades e conflitos observados nas relações entre povos nativos e adventícios

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