Novas abordagens sobre “o internacional”: teorias, objetos e metodologias

Camila Maria Risso Sales, Leandro Garcez Targa

Resumo


Este artigo está orientado pelo princípio de que as metodologias de pesquisa que analisam as relações sociais locais podem ser as mesmas que as pensam em âmbito global. Este princípio epistemológico ajuda a compreender e questionar os limites da produção de conhecimento tradicional das Relações Internacionais. As conexões e diferenciações entre o nacional e o internacional são fruto de processos complexos, construídos historicamente, a partir de elementos internos e externos aos Estados. Nestes processos, orientados pela sociologia relacional de Pierre Bourdieu e o construtivismo de Alexander Wendt, partimos da premissa de que o mundo social é relacional e formado por lutas e disputas, em que as relações estabelecidas pelos países dependem do contexto social, político e cultural. Tendo em vista a relevância desses processos, visamos pensar o fenômeno internacional a partir de perspectivas não tradicionais, que superem os limites das abordagens já consagradas das Relações Internacionais e que proponham agendas de pesquisa. Estas perspectivas passam necessariamente por repensar a noção de Estado que a tradição das Relações Internacionais consagrou e pouco se propõem a debater. Assim, visamos levantar possibilidades a respeito de objetos, metodologias e aportes teóricos inovadores propondo novas explicações sobre as relações sociais e políticas em âmbitos internacionalizados.

Palavras-chave


Relações Internacionalizadas; Novas Abordagens; Estado; Agenda de Pesquisa; Sociologia de Pierre Bourdieu; Construtivismo de Alexander Wendt

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DOI: https://doi.org/10.18468/estcien.2019v9n1.p21-29

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