O IMPACTO DA PESCA ACESSÓRIA DO ARRASTO CAMAROEIRO NA REPRODUÇÃO DE PEIXES NO NORDESTE DO BRASIL
Resumo
Na costa oeste do Rio Grande do Norte, muitas pescarias de pequena escala têm como alvo principal camarões, mas acidentalmente capturam um grande número de peixes. Nosso objetivo foi avaliar a composição e distribuição da ictiofauna na Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil, a fim de elucidar o impacto das capturas acessórias na reprodução dos peixes. A área de estudo foi dividida em quatro trechos (A, B, C e D), e foram amostrados 1.426 espécimes classificados em 10 ordens, 23 famílias e 49 espécies. Obtivemos dados biométricos e tecido gonadal para determinar os aspectos reprodutivos dos peixes estudados. O Trecho A apresentou os maiores valores de equitabilidade e dominância; os maiores valores de abundância, biomassa, riqueza e diversidade foram encontrados nos trechos B, C e D. A análise baseada na similaridade faunística revelou três grupos: I (trechos B e D), II (C) e III (A). Em relação à fase reprodutiva, 76,3% dos espécimes foram classificados como “imaturos”, 16,7% como “em maturação” e 7% como “maduros”. Através das análises anatômicas e histológicas das gônadas e do tamanho da primeira maturação, verificamos que as espécies Pomadasys corvinaeformes, Menticirrhus littoralis e Larimus breviceps foram negativamente relacionadas à atividade pesqueira; Por outro lado, Pellona harroweri estava positivamente relacionada. Nossos achados indicam que a captura incidental de algumas espécies não-alvo pode afetar predominantemente indivíduos considerados imaturos, ou seja, sem potencial reprodutivo, um indicativo de pesca não sustentável na região.
Palavras-chave: diversidade, estágios reprodutivos, ictiofauna, maturidade sexual, zona costeira.
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